Comemorar a páscoa é comemorar libertação de um estado de prisão para um estado de liberdade, é viver, é sonhar é realizar. É ser livre do sofrimento sem fim, é estar livre da opressão, é ter a certeza da liberdade de ir e vir. Pois no cativeiro muitas gerações morreram cativas sem ver a libertação de suas esposas, filhos. Avós que não puderam ver seus netos e bisnetos livres da miséria e do sofrimento do trabalho forçado que lhe foram impostos por vários anos. Gerações que não conheceram liberdade e nem se quer souberam o seu significado.
Filhos que nasceram no cativeiro, no trabalho forçado, vendo seus pais serem açoitados e muitas vezes até a morte por não agüentarem mais o peso das tarefas impostas diariamente. Filhos que viram suas famílias inteira se desfazer e envelhecer precocemente. Filhos que desde cedo começaram a trabalhar no pesado, que raras as vezes tinham tempo para ser criança. Nesse cenário de dor e sofrimento é difícil imaginar quais eram seus brinquedos, suas brincadeiras. Não conseguimos ter a ideia do que era ser criança nesse “mundo fechado”, onde o direito de viver dignamente, era apenas um sonho muito distante.
Páscoa não é doce, não é chocolate, não é comércio, não é ganhar dinheiro. Mas é lembrar da vida amarga de outrora, é comemorar a libertação da vida escrava, sofrida e não cairmos em outro “cativeiro” chamado: “misticismo pascal”. É esse tipo de “páscoa” que o comércio e a publicidade anuncia; é uma páscoa mística, absurda e mentirosa. Apresentando uma simbologia pobre e animal e que nunca teve haver com a verdadeira páscoa instituída por Deus. Pois a mensagem da páscoa é essencialmente Jesus Cristo o “cordeiro pascal” o verdadeiro símbolo da verdadeira páscoa.
Instituição da Páscoa: Êxodo 12:1-48;